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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

NA MEDIDA, PEGA E NÃO PEGA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

 


No Brasil, é costume se passar por cima do que está escrito. Nesta terra descoberta por engano, há "leis que pegam e leis que não pegam". No século passado, bem no começo, o velho cacique político pernambucano, Chico Heráclito, de Limoeiro, proclamava: "Leis duras a gente passa por baixo. Leis moles a gente passa por cima". Dessa parte dos trópicos, também, "há sentimentos que pegam e outros que não pegam". Vergonha, por exemplo, foi um  que não pegou. Ah, Brasil!

COMO DEVE SER O CRONISTA- Leve e intimista, inteligente e bem humorado, comentando o cotidiano, refletindo sobre a vida. Como não deve ser o cronista: chato e aborrecido, só abordando discussões políticas. 

Como disse Otto Lara Resende, "envolver-se com politica é o ato de meter a mão na merda". Quando cometi algumas crônicas sobre a polarizada situação política do País, enfrentei reações furiosas. Mas, aqui pra nós, não me aborrecia quando sugeriam: "Vai falar sobre futebol que é melhor!" 

"GRANDES" - Há grandes clubes no Brasil que estão existindo mais pelo passado e o tamanho das torcidas. Endividados e desfigurados, cada vez mais, ficam longe de serem grandes outra vez. Isso é péssimo para o negócio futebol. 

A FRASE - "Terrível o poder do preconceito: faz até o cérebro negar o que os olhos veem". Veríssimo.

Só o amor não basta - Artur da Távola.


Aos que não casaram,
Aos que vão casar,
Aos que acabaram de casar,
Aos que pensam em se separar,
Aos que acabaram de se separar.
Aos que pensam em voltar...

Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja. O AMOR É ÚNICO, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.

A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, A SEDUÇÃO tem que ser ininterrupta...Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia SER ETERNA.

Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas. Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada, RESPEITO. Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver BOM HUMOR para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades. Tem que saber levar. Amar só é pouco.Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar.Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão. E que amar "solamente", não basta.

Entre homens e mulheres que acham que O AMOR É SÓ POESIA, tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado. O amor é grande, mas não são dois. Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência. O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta. Um bom Amor aos que já têm! Um bom encontro aos que procuram! E felicidades a todos nós!

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

O STF e a democracia brasileira: entre a guarda da Constituição e o jogo do poder - Por David Gertner, Diário do Poder.

David Gentner.

A democracia brasileira repousa, ao menos em teoria, sobre três pilares: Executivo, Legislativo e Judiciário. No papel, são poderes independentes. Na prática, essa independência é frequentemente corroída por um sistema de incentivos políticos, pela personalização do poder e por um modelo de nomeações que raramente privilegia mérito ou imparcialidade.

Entre essas instituições, nenhuma concentra hoje mais influência — e polêmica — do que o Supremo Tribunal Federal.

O papel do STF

O Supremo não é um órgão político, embora suas decisões repercutam diretamente na política. Ele é, sobretudo, um guardião da Constituição. Quando o Congresso falha, quando o Executivo abusa, quando as instituições se curvam a interesses partidários, é ao STF que cabe impedir que o país abandone o Estado de Direito.

Mas o problema começa quando o guardião se torna ator político, protagonista de disputas, árbitro de narrativas — e, em alguns casos, parte interessada no jogo de poder que deveria fiscalizar.

Um Supremo cada vez mais ativista

A ascensão do STF como poder político não ocorreu por acaso. Ela é fruto de três fenômenos simultâneos:

1. A omissão crônica do Legislativo, incapaz de enfrentar temas complexos ou impopulares.

2. A expansão contínua do Executivo, que governa por medidas provisórias e força o Supremo a decidir, às pressas, o que deveria ser debatido pelo Congresso.

3. A personalização das nomeações, que cria ministros com vínculos diretos, às vezes íntimos, com os presidentes que os indicaram.

O resultado é um Supremo que legisla quando o Congresso se cala, governa quando o Executivo extrapola e arbitra conflitos para os quais não foi desenhado.

Quem nomeou os ministros — e quem ganhou com isso

A pergunta “quem nomeou quem” não é irrelevante.

Ela revela algo profundo: o STF brasileiro não é apenas um tribunal; é um mosaico de lealdades políticas acumuladas ao longo de décadas.

Lula nomeou a maioria dos ministros que hoje compõem a Corte.

Dilma completou o quadro com mais alguns nomes altamente alinhados a seu projeto político.

Temer nomeou um.

Bolsonaro nomeou dois.

FHC, apesar de mais distante no tempo, deixou uma marca importante com ministros de perfil jurídico sólido e reputação profissional reconhecida.

Não surpreende, portanto, que a Corte seja hoje composta majoritariamente por indicados de um mesmo espectro político.

Isso não significa necessariamente corrupção ou conluio — mas significa, sim, uma simetria de visão de mundo, que influencia decisões, prioridades, interpretações e limites.

Ao contrário dos EUA, onde mandatos vitalícios diluem interesses partidários ao longo de décadas, o Brasil tem um modelo híbrido, que combina mandatos longos (até 75 anos) com forte dependência do Executivo no momento da nomeação. Isso cria o risco de um Supremo sensível às pressões políticas que o formaram — e sobretudo ao governo que mais o moldou.

A responsabilidade do Executivo

Nenhum poder é tão responsável pelo quadro atual quanto o Executivo.

E isso vale para todos os presidentes.

São os presidentes que nomeiam ministros sem histórico jurídico sólido, sem experiência relevante nos tribunais superiores ou claramente alinhados a suas agendas políticas.

São os presidentes que escolhem aliados, advogados pessoais, amigos próximos e até militantes partidários para a mais alta Corte do país.

São os presidentes que aceitam — e alimentam — um sistema onde o Supremo se torna, na prática, uma extensão estratégica do governo ou um contrapeso seletivo, dependendo de quem está no poder.

Há que se perguntar: por que um presidente nomearia alguém que não representasse seus interesses?

A resposta é simples: porque não há incentivos para fazer diferente.

Sem mandatos curtos, sem sabatinas rigorosas, sem critérios objetivos de mérito, o Supremo se torna, aos olhos do Executivo, um capital político de longo prazo.

Um STF forte é essencial — mas não assim.

Não se trata de defender um Supremo fraco. Democracia exige um tribunal constitucional autônomo, independente e capaz de defender direitos fundamentais contra maiorias circunstanciais.

Mas autonomia não se confunde com protagonismo político.

E independência não se confunde com alinhamento ao governo que indicou a maior parte da Corte.

O Brasil precisa urgentemente revisar o modelo de nomeações, estabelecer critérios mais rígidos, ampliar a transparência, limitar a influência do Executivo e rediscutir o equilíbrio entre os três poderes.

Nenhuma democracia funciona quando um poder cresce às custas dos outros.

Nenhum país avança quando a Constituição vira palco de disputas interpretativas moldadas por conveniências partidárias.

Nenhuma sociedade amadurece quando justiça e política tornam-se indistinguíveis.

O Supremo deveria ser o espelho da Constituição — não do governo de turno.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

DUPLAMENTE RUIM - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

 


A viagem de primeira classe acabou mal para Fortaleza e Ceará em 2025.

No trem que tomaram, os dois foram empurrados para a composição de segunda.

O Fortaleza ainda deixou a impressão de que impediria o rebaixamento. Capítulou nos estertores da disputa.

O Ceará passou a maior parte da viagem em confortável situação. Na hora de pagar a passagem, também, capitulou.

Na vida, como no futebol, não se tem controle sobre os eventos que são colocados no caminho.

Podem ser coisas boas ou ruins. Para as nossas duas locomotivas, foram acontecimentos ruins, paciência.

Bem sabemos que, nesse momento, as palavras são insuficientes para sabotar a dor do torcedor.

Mas, não custa afirmar que as vitórias e as derrotas são impostoras.

Não se vence todo tempo e não se perde para o resto da vida.

Torcedor de verdade não larga nunca o seu clube. Seja na primeira, segunda, terceira ou quarta divisão.

domingo, 7 de dezembro de 2025

‘Casa das Vaidades’, STF incomoda até os petistas - Diario do Poder.

Aliados de Jorge Messias, ministro da Advocacia-Geral da União, já chamam jocosamente o Supremo Tribunal Federal de “Casa das Vaidades” e apostam na filáucia como justificativa para canetada de Gilmar Mendes que blindou colegas e acabou dificultando as chances no Senado do indicado de Lula ao STF. 

O primeiro ministro a elogiar a escolha de Messias foi André Mendonça, fora da corrente de Mendes no Supremo e imperdoavelmente indicado por Jair Bolsonaro. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Messias se dá muito bem com Mendonça. Inclusive, o ministro é o mais ativo ao telefone ligando para senadores com elogiosos comentários.

Mendes é colado em Flávio Dino, em clara sintonia nos votos. Dino assumiu em 2023, enfrentando a rivalidade de Messias.

Dino ainda optou pela discrição e nada de sinalizar apoio ao ex-colega de governo. Disse até ser um assunto “politicamente controvertido”.

Nogueira adverte para gravidade do mensalão de Lulinha - Diario do Poder.

 


O senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do partido Progressistas, afirmou nesta sexta-feira que as acusações contra Fábio Luís Lula da Silva (conhecido como “Lulinha”) são “gravíssimas” e exigem “esclarecimento imediato”. 

Segundo Nogueira, documentos em posse da CPMI do INSS, com informações da Polícia Federal (PF), apontam supostos pagamentos mensais de R$300 mil ao filho do presidente, além de repasses que totalizaram 25 milhões (valor sem definição de moeda na reportagem). 

Ele defende que esses dados percam o sigilo e sejam divulgados publicamente. 

Para o senador, o caso carrega “dimensão de crime hediondo”, uma vez que envolveria recursos destinados a aposentados e pensionistas. 

Ele disse que a denúncia (que, segundo ele, “é palpável como nunca”) precisa ser investigada com rigor. 

Nogueira também questionou a mudança de endereço de Lulinha para a Espanha em julho, período em que as investigações já teriam começado. 

sábado, 6 de dezembro de 2025

MEUS TEMPOS DE ESCOLA - POR ANTONIO MORAIS


Nos próximos dias, farei uma coletânea de proezas dos tempos de escola, de meus tempos de estudante. Delas engraçadas ou cômicas, outras exemplos a ser refletidos ou até seguidos e, por fim historias  de ex-colegas de classe, professores de uma época  comprometida com a formação de personalidades com princípios morais e éticos.

Nesta época não existia Conselho Tutelar, a volta era  crua. O tempo era preenchido com trabalho e estudo. Os mestres  eram disciplinadores por que  os pais também os eram. Menino com quere-quequé, com munganga nem pensar. Um turno era na escola, o outro com uma enxadinha de duas libras limpando arroz nos baixios do Machado. Mas, os causos e proezas coletadas são verdadeiras obras de arte humorística daquelas que provam que em tudo há tempo debaixo dos céus: tempo de  nascer, crescer, estudar e, por fim viver e ser muito feliz.

O certo é que, em todos os tempos, numa turma de 30 alunos tinha os estudiosos, os inteligentes, os folgados e aqueles que nada queriam.  

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Girão diz que família de Lula ‘está toda enrolada com roubo’ - Diario do Poder.

 


O senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou nesta quinta-feira (4), a base governista e acusou o grupo de impedir o avanço das investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura roubalheira no INSS.

Na última sessão do colegiado no ano, Girão afirmou que há um “regime de blindagem” em funcionamento no país, envolvendo o governo Lula (PT), o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).

“A família do pai dos pobres está toda enrolada com o roubo dos pobres”, declarou o senador, em referência ao presidente Lula, conhecido como “pai dos pobres”.

Girão também prosseguiu:

“Eu nasci para ver o PT blindar bancos aqui. Já blindaram o Frei Chico (irmão do presidente Lula), já blindaram o sócio do careca do INSS. Daqui a pouco vão blindar o Lulinha”, declarou, referindo-se a Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente e acusado de receber mesada de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, preso e principal alvo do esquema de gatunagem contra aposentados e pensionistas.

A EPOPEIA DO LEÃO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

 

Além de competência, é preciso um bocado de sorte no futebol.

Em partida tensionada diante do Corinthians, o Fortaleza marcou seus dois gols no começo de cada etapa.

Ao invés de deslanchar, depois de cada gol, o tricolor foi impotente para impedir o volume de jogo superior do alvinegro paulista.

O Fortaleza passou mais tempo nas cordas, tentando urdir contra ataques com bolas longas.

Por sorte e graça do resistente trabalho defensivo, a partir do goleiro Breno, o tricolor segurou a barra.

O jogo, na maior parte do tempo, ficou para a rápida circulação de bola do Corinthianse, apoiada pelas performances de Dieguinho e Vitinho, principalmente.

Vitinho, Bidu, Maicon e Dieguinho tiveram oportunidades de marcar, antes do gol do Corinthians assinalado por André.

Rosseto, Deyverson, Moisés, Pierre e Pikachu e entraram na segunda etapa. 

Das raras chances no segundo tempo, a mais lamentada se deu num contra-ataque destruído por Diogo Barbosa. Herrera estava em melhor posição para receber o passe que foi dado para Moisés.

Mas, os deuses da bola estão sendo benevolentes com o Fortaleza. 

Passando por cima dos percalços, o tricolor continua sua jornada fulminante de vitórias, saindo espetacularmente do Z-4 e somando 43 pontos.

O goleiro Breno, que fez uma estupenda defesa no último minuto de jogo, e o zagueiro Britez tiveram excepcional desempenho.

Senador reage a canetada de Gilmar: ‘Brasil não é monarquia’ - Por Diario do Poder.

 


O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), afirmou nesta quarta-feira (3), por meio de nota oficial, que o ato do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em determinar que somente a Procuradoria-Geral da República (PGR) peça impeachment de ministros da Corte, se “configura um fato institucional de elevada gravidade”.

Em trecho, Marinho afirma que “a decisão tende a reduzir a sujeição da Corte a mecanismos de responsabilização”.

“Longe de fortalecer a independência do Poder Judiciário, a decisão tende a reduzir a sujeição da Corte a mecanismos de responsabilização, abrindo espaço para uma blindagem incompatível com o Estado de Direito e com a Constituição. Em consequência, diminui-se a transparência e o escrutínio democrático sobre atos de alta relevância pública”, diz a nota.

Marinho ainda destaca que o poder Legislativo “não pode se calar” perante mais um abuso, com o dever de reestabelecer o equilíbrio das instituições.

“Diante disso, o Poder Legislativo não pode se calar diante de mais este abuso. É nosso dever constitucional restabelecer o equilíbrio entre as instituições, reafirmando o sistema de freios e contrapesos que sustenta a República”, prossegue Marinho.

“O Brasil não é uma monarquia. O Brasil é uma República regida por leis. Seguiremos lutando para fazer valer cada palavra da Constituição Federal”, finaliza a nota.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Alcolumbre reage a Gilmar cobrando respeito ao Senado - Por Diário do Poder.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, reagiu à decisão monocrática do ministro do STF, Gilmar Mendes, que definiu que apenas a Procuradoria-Geral da República pode solicitar o afastamento de ministros da Suprema Corte. 

Em discurso no plenário, Alcolumbre afirmou que o Supremo deve respeito às prerrogativas do Congresso e que a relação entre os Poderes precisa ser marcada por reciprocidade.

Segundo o senador, a decisão de Gilmar contraria o que estabelece a Lei 1.079/1950, que garante a qualquer cidadão o direito de apresentar denúncia por crime de responsabilidade. Ele destacou que essa norma foi uma escolha do legislador e não pode ser anulada por decisões judiciais, ainda que haja eventuais abusos no uso desse instrumento.

Alcolumbre também ressaltou que apenas uma mudança legislativa pode redefinir normas dessa natureza, sob risco de violação ao princípio da sensação dos Poderes. Ele lembrou que tramita no Senado um projeto de lei, de autoria do senador Rodrigo Pacheco, que cria um novo marco dos crimes de responsabilidade e está atualmente na CCJ.

Para o presidente do Senado, a situação reforça a necessidade de revisão do regime de decisões monocráticas, especialmente as que suspendem leis aprovadas pelo Congresso e sancionadas pelo presidente da República. Ele defendeu que essas medidas deveriam passar por decisão colegiada do STF. A PEC 8, já aprovada pelo Senado, caminha nesse sentido.

Alcolumbre concluiu afirmando que o Parlamento está vigilante e empenhado em aprimorar o arcabouço legislativo, destacando que o poder de decidir, ou de não decidir, pertence aos representantes eleitos pelo povo, componente essencial do funcionamento democrático.